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O que os números de roubo de carga nos contam

Dias atrás, completei a minha coleção de dados estatísticos sobre o ROUBO DE CARGAS no Brasil e forneci um compilado de dados aos colegas do FÓRUM DE GR (www.forumdegr.com) e resolvi compartilhar aqui também com os demais interessados.


Neste artigo você encontrará os dados relativos aos roubos de cargas no Brasil e em algumas regiões específicas, sendo dados e informações coletados junto aos órgãos oficiais competentes.



Nesta Análise, notamos um crescimento mais acentuado no número de roubos de cargas a partir de 2012 e, em toda a série histórica considerada neste artigo, tivemos recuo em apenas dois momentos, sendo 2010 x 2009 e 2018 x 2017.

Então, apesar dos números não deixarem de ser alarmantes, com mais de 22.000 ocorrências, podemos comemorar.

Desde 2013 não verificávamos o recuo do valor sinistrado, o que houve também em 2018, onde tivemos R$1.47 bi contra R$ 1.57 bi em 2017, ou seja, cerca de 7% menos.







É possível constatar que em 2018 somente na região NORTE não evoluímos e o número de eventos foi praticamente o mesmo do ano anterior.


Os grandes investimentos por parte das empresas e os avanços tecnológicos certamente colaboraram muito com este avanço supracitado, porém cumpre-me lembrar que isto caminha paralelamente com os alarmantes índices de desemprego, questões econômicas e financeiras e conjunturais que fazem com que a criminalidade se fortaleça, portanto, não podemos baixar a guarda, senão o cenário volta a piorar.


Melhorou sim, mas somente para aqueles que atuaram na prevenção e que enxergam o gerenciamento de riscos como um investimento e diferencial competitivo.

A região SUDESTE sempre representou mais de 80% das ocorrências e em 2018 concentrou 84,8% dos casos.


Estabelecendo uma relação entre o prejuízo com o roubo de cargas e o PIB nacional, chegamos a uma constatação um tanto quanto interessante, pois é possível afirmar que a relação permanece praticamente inalterada desde 2013, ou seja, mesmo com tudo que sofremos, aprendemos, pensamos, implantamos e evoluímos, perdemos os mesmos 0,02% do PIB em prejuízos diretos com os roubos de cargas.




Num artigo anterior, onde tentei “prever” algo para 2019, com base nas projeções de aumento do PIB, recuperação da confiança dos investidores internacionais, entre outros indicadores com sinalizações positivas que se anunciavam, verifiquei uma tendência de elevação na produção e, por consequência, movimentação de produtos e que, portanto, demandaria revisar os planos de investimento e estratégias em gestão de riscos, sugerindo torná-las preferência.


Infelizmente (ou felizmente, em minha opinião), errei apenas no que esperava em relação ao cenário econômico e os números de 2018 traduziram as expectativas.


Como insistimos em seguir sem o devido enfrentamento por parte das autoridades e da segurança pública, os números do corrente ano tendem a permanecer nos mesmos patamares caóticos dos últimos anos e servem para robustecer a importância da área de gestão de riscos e a necessidade de desenvolve-la continua e ininterruptamente para perseguir bons resultados.





 

O Autor


Leonardo Cerqueira Souza





Co-fundador e administrador do FÓRUM DE GR.


MBA em Gestão de Riscos Corporativos pela FGV e graduado em Logística, com mais de 15 anos de experiência em Gerenciamento de Risco, Logística, Segurança Empresarial e Processos.





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